Os cisnes negros e os brancos – 25set10

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Alunos e alguns clientes já viram eu utilizar a metáfora do cisne negro, que cunhei do professor Taleb, autor do brilhante A Lógica do Cisne Negro, o impacto do altamente improvável.

Que o cisne negro existe e que a probabilidade de ver um é baixa, sim, diria muito baixa, e, trazendo para a disciplina do risco, o evento de um impacto qualificado como cisne negro pode ser devastador. Mas, talvez pior sejam os cisnes brancos, que estão a um palmo do nosso nariz e que podemos vê-lo a rodo. O que fazemos com os riscos dos cisnes brancos? O que fazemos com os dois?

Os eventos de risco que podemos chamar de cisnes brancos estão à nossa frente e devemos, eu disse devemos, dar um tratamento a eles. Aceitamos, transferimos, mitigamos ou evitamos o risco desses eventos. Não podemos e não devemos ser negligentes com isso. Alguns desses cisnes brancos, a despeito de uma possível baixa probabilidade de ocorrência, podem ter um impacto tão espetacular, que levaria a empresa a uma crise. Precisamos enxergar pelo menos os cisnes brancos mais críticos, aqueles que geralmente estão debaixo de nossos narizes.

Ok, e o que fazemos com os cisnes negros, aqueles com uma probabilidade quase nula, mas que pode acabar com a organização (apenas um exemplo, o WTC era um cisne negro e sumiu com 70% das empresas nas duas torres)? Se você for aquele cara extremado, você pode elucubrar uma série de cisnes negros e prever um tratamento para eles, mas, com certeza você é uma agulha em um palheiro. Costumo dizer aos meus alunos e clientes que fazemos Planos de Continuidade como um tratamento aos cisnes negros, antes de tudo, pois os cisnes brancos têm quase que a obrigação de conhecê-los e tratá-los para que nunca invoquemos o Plano.

Aos que não leram, fica a dica do livro do Taleb. Apenas uma observação: tenham um pouco de paciência no começo, que do meio para a frente o livro fica ótimo.

Um abraço e até a próxima!

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